Páginas e páginas depois, ainda estou aqui... procurando por manuais sobre a vida-que-deve-ser-vivida, perdendo tempo com discussões empoeiradas. Nestes dias aspirei toda aquela poeira negra e ela impregnou meus pulmões. Agora o sopro das minhas palavras empesteia o ar de mortas partículas humanas... faço voar por aí matéria morta esquecida pelo tempo. Queria hoje era ter um coração de pedra. Mas digo “Calma...”. Percebo que o pulsar cada vez mais vagaroso e dolorido que sinto no meu peito é sinal de que aquele pó que circula pelas minhas veias pouco a pouco se deposita em cada átrio e ventrículo, então “Preciso ter paciência...”. Porque aos poucos esse músculo apodrecerá e logo se tornará apenas pedra e então, quando isto enfim acontecer, no meio da noite abrirei os olhos e poderei dizer que “Não dói mais...”.
segunda-feira, 12 de abril de 2010
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